Existem momentos em que ir a uma loja em busca de uma roupa torna-se um verdadeiro desafio, não por conta da falta de opções, mas pelos tamanhos das peças: largas ou justas demais, pouco caimento, peças curtas ou compridas demais, situações que tornam a compra de uma roupa quase uma aventura.

Isso acontece porque a indústria da moda possui modelagens e escalas de medidas que obedecem a determinados padrões, muitas vezes diferentes dos biótipos físicos de seus usuários. Precisamos concordar: entre nós, temos constituições diferentes, representativas desta riqueza cultural na qual nos encontramos inseridos.

Isso também acontece com os uniformes, porém, diferente da compra em uma loja, onde podemos provar e optar por adquirir aquela peça ou não, o uniforme é de uso contínuo, fornecido pela empresa, e esta é uma grande discussão entre gestores e funcionários quando o assunto é uniforme: como gerenciar as diferenças de tamanhos?

A resposta a essa pergunta exige planejamento e a participação dos envolvidos em todo o processo, de maneira a garantir, além de um uniforme bonito e de qualidade, peças capazes de, dentro das possibilidades, administrar essa questão ligada aos tamanhos. 

Tudo começa pelo planejamento

Para pensar o uniforme é necessário verificar, antes de tudo, quem irá utilizá-lo para se escolher uma modelagem adequada aos biótipos dos funcionários. Assim, além de identificar esses funcionários, é necessário solicitar a eles os tamanhos que normalmente usam (P, M, G, GG e plus size) das peças que serão adotadas nesses uniformes (camisas, calças, camisetas, casacos etc.). Se a quantidade de funcionários é pequena, o ideal é verificar diretamente as medidas desses colaboradores.

As medidas levantadas entre os funcionários deverão compor uma tabela de tamanhos, que servirá de parâmetro para a contratação do feitio do uniforme ou a sua compra. As medidas das peças escolhidas precisarão ser iguais ou extremamente próximas aos dados gerados pelo levantamento realizado. Aqui também serão inseridos os tamanhos diferenciados (gestantes, tamanhos acima do 44 ou abaixo do 38).

Com o levantamento dos colaboradores, das medidas e das peças que serão confeccionadas, parte-se para a escolha dos tecidos, devendo ser considerados na escolha, além do conforto, da facilidade de manutenção das peças e da resistência dos materiais os fatores ambientais, como a temperatura do ambiente e o local de trabalho do funcionário, ligado diretamente às funções exercidas por ele. Atrelado ao conforto, a segurança é outro ponto que merece atenção.

Se o uniforme for adquiro com empresa especializada, antes de se encomendar as peças, pode-se solicitar amostras dos tamanhos e dos vestuários para que os colaboradores provem as roupas e falem sobre como se sentiram com elas: se eram confortáveis, de tamanho adequado, bom caimento e acabamentos, entre outros aspectos, determinantes inclusive na aceitação e uso do uniforme por parte deles. 

Grade de tamanhos, medidas e a prova final

Empresas que trabalham na produção de uniformes possuem peças de diferentes tamanhos, disponíveis para a prova. Em muitos casos, os tecidos e acabamentos são de qualidade mais baixa que o produto final, mas as peças ajudam o futuro usuário a ver como será o seu uniforme. Em caso de tamanhos especiais, as empresas normalmente podem confeccionar peças sob medida para funcionários que assim necessitarem, a partir de peças já usadas por eles e com as quais se sintam bem e confortáveis.

Se a empresa não possuir esse recurso, será utilizada uma tabela de medidas, contendo largura e comprimento das peças nos seus diferentes tamanhos: P, M, G, GG e plus size. Nessas situações, a atenção deverá ser redobrada, pois o funcionário não terá uma amostra da roupa para provar.

Escolhida a empresa e encomendadas das peças, existe ainda uma última fase dessa sistemática que requer cuidados: a chegada das peças encomendas. No ato de entrega das roupas aos funcionários, além de se reiterar a importância do uso do uniforme (que pode ser feita por meio da assinatura de uma declaração e recibo de entrega) é importante pedir a ele que confira se a peça veio do correto e que faça a prova da mesma para a detecção de possíveis defeitos ou problemas no tamanho e modelagem. Se for preciso, será solicitada a troca da peça.

O uso do uniforme é fundamental à imagem de uma empresa, mas, além disso, é ainda mais relevante que o empregado utilize essa vestimenta não somente por obrigação, mas que se sinta bem com ela, o que ajudará, inclusive, a melhorar seu desempenho profissional.