Camisas são sinônimo de elegância, praticidade na hora de escolher uma roupa “mais formal” e excelente opção para muitos setores corporativos no processo de planejamento do uniforme, além de ser uma peça fácil de combinar: basta uma calça de alfaiataria, cinto e um sapato de modelo clássico que está formado um belo conjunto.

Contudo, aqueles que usam camisas sabem que normalmente, elas amassam com extrema facilidade, por isso, mantê-las alinhadas, sem marcas ou pregas pode ser um grande desafio. Na hora de passar a peça temos outro problema: o ato de passar uma camisa com o ferro de passar é quase um ritual, tanto que, qualquer deslize pode ocasionar marcas profundas e até queimaduras no tecido. Não é à toa que uma ilustração clássica são pessoas distraídas ao telefone descobrindo que esqueceram o ferro sobre a peça e que, naquele local, agora se vê uma grande mancha de queimado.

Para os que encaram o ato de passar uma camisa um verdadeiro desafio, a tecnologia ligada à indústria têxtil tem se dedicado a encontrar soluções para esse problema. Hoje, é possível encontrar no mercado uma variedade de peças feitas com tecidos que possuem poliéster na composição que simplesmente não amassam, ou fazem apenas marcas fáceis de resolver com uma única passada do ferro.

Entre esses tecidos estão os chamados passa fácil, que possuem essa exata característica: devido a sua composição, são fáceis de passar e, quando colocados no cabide, não amassam em contato com outras roupas. 

Algumas opções disponíveis no mercado

Os tecidos e as malhas são compostos basicamente por dois tipos de fibras, as naturais e as sintéticas. Quanto maior a quantidade de algodão mais ele será confortável, contudo, ele amassará com muito mais facilidade.

Portanto, tecidos que possuem fibras sintéticas em sua composição amassam menos e são mais fáceis de passar. O poliéster é uma dessas fibras, usualmente misturada ao algodão para compor peças confortáveis e que amassam menos. Existem peças feitas totalmente em poliéster, que dificilmente amassam, mas retém umidade e podem causar mal cheiro por causa do suor.

Dentre os tecidos que combinam fibras naturais e sintéticas podemos citar alguns exemplos, como a viscose que, apesar de amassar, é macia e fácil de passar, além de ter bom caimento. Para os dias mais frios tem o acrílico, parecido com a lã e igualmente quente e macio.

E o caso das camisas? No mercado existem opções de tricoline que, em sua composição possuem o algodão e uma parte de poliéster, sendo usados para a confecção de camisas que amassam menos e são mais fáceis de passar. Além de camisas, o tricoline pode ser usado na confecção de saias e vestidos por ter estrutura e bom caimento.

Outro tecido interessante é o gabardine, totalmente feito em fibra sintética, presente em muitas peças de alfaiataria, como calças e casados. Já o oxford, chamado assim por conta de sua origem (nas camisas esportivas dos estudantes da Universidade de Oxford, Inglaterra) e 100% poliéster, possui resistência, durabilidade e bom caimento e, por isso, aplicado na elaboração de saias, blazers e calças sociais.

As opções de tecidos são muitas e o segredo está na etiqueta dessas peças, que descreve a composição do tecido. Outro truque está na hora da escolha do tecido (quando se planeja um uniforme) e na compra da peça: amasse o tecido entre as mãos, se ele mostrar muitas marcas é um tecido que amassa e que requer um pouco mais de trabalho na hora de passar, se ele não marcar, temos ali um tecido que leva poliéster na composição e, por isso, mais fácil de passar e que marca menos.